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Conheça o SOCIALCARBON, standard de carbono escolhido pelo Arbaro Carbon.

Entenda o seu foco na interação da comunidade com o projeto de carbono e como ele se associa ao propósito do Arbaro Carbon.


Arara-Canindé

À medida que o foco global no combate às mudanças climáticas se intensifica, os standards de carbono emergem como ferramentas fundamentais para a popularização de projetos socioambientais de redução das emissões de gases de efeito estufa. Um desses standards pioneiros que ganhou destaque é o SOCIALCARBON.


Aqui, traçamos o seu perfil, como ele se diferencia de outros standards de carbono renomados, como Verra ou Gold Standard, e o motivo da sua escolha para nortear a geração de créditos de carbono no Arbaro Carbon, seguindo a metodologia de SCM0003 – dedicada a projetos de remoção de emissões em áreas privadas de conservação.



Origens e perfil


As raízes do SOCIALCARBON remontam ao início dos anos 2000, quando o conceito de compensação de carbono começou a ganhar força. A Climate, Community & Biodiversity Alliance (CCBA), um esforço colaborativo entre organizações líderes em conservação e desenvolvimento, desempenhou um papel fundamental na criação do SOCIALCARBON. A CCBA reconheceu que abordar as mudanças climáticas exigia uma abordagem multidimensional que considerasse tanto a mitigação do carbono quanto os benefícios sociais.


O standard SOCIALCARBON foi criado em 2005, no primeiro projeto de sequestro de carbono brasileiro, na Ilha do Bananal, Tocantins, pela OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) Fundação Social Carbon. Seu principal propósito era assegurar e metrificar o envolvimento das comunidades como parte ativa e inerente aos projetos de carbono, e não como uma mera exigência técnica ou logística. Por anos, o SOCIALCARBON foi utilizado como um standard de cobenefícios de projeto – ou seja, um conjunto de sólidas metodologias aplicadas em conjunto a outros relevantes standards do mercado voluntário (como Verra e Gold Standard, por exemplo), buscando agregar valor ao projeto de carbono ao metrificar e evidenciar seus impactos socioambientais da geração dos créditos.


Em 2022, já sob administração da Social Carbon Foundation, uma organização filantrópica constituída no Reino Unido, o SOCIALCARBON se migra do status de standard de cobenefícios para um completo standard de projetos de carbono desenvolvidos com Soluções Baseadas na Natureza. Essa migração é feita pela fundação acreditar que, ao apoiar as soluções baseadas na natureza com o peso de um standard leva à escala global o impacto de proteção da biodiversidade local como o principal fator de mitigação às mudanças climáticas.


"Acreditamos que os projetos baseados na natureza só podem ser verdadeiramente duradouros quando são baseados localmente. É por isso que somos pioneiros numa abordagem holística, garantindo que os projetos estão integrados nas comunidades locais e na biodiversidade, para promover a verdadeira permanência." – SOCIALCARBON Standard


Principais Aspectos do standard de carbono SOCIALCARBON


O arcabouço teórico do SOCIALCARBON é baseado na Abordagem de Subsistência Sustentável (SLA, ou Sustainable Livelihood Approach), uma metodologia usada para planejar o desenvolvimento de novas iniciativas, bem como avaliar a contribuição que as iniciativas existentes deram para sustentar os meios de subsistência


1. Foco Duplo no Clima e na Comunidade: ao contrário dos padrões de carbono tradicionais, o SOCIALCARBON dá igual importância à redução das emissões de gases de efeito estufa e à promoção de cobenefícios sociais e ambientais. Essa abordagem inovadora garante que os projetos não apenas mitiguem o carbono, mas também contribuam para o desenvolvimento sustentável, a redução da pobreza e a preservação da biodiversidade.


2. Avaliação Robusta dos Projetos: o SOCIALCARBON adere a um rigoroso processo de avaliação de projetos, garantindo que eles sejam cientificamente sólidos e ofereçam benefícios tangíveis para as comunidades locais. Os projetos são avaliados com base em seus impactos sociais, ambientais e econômicos, tornando-o um padrão de carbono abrangente e holístico.


3. Engajamento das Partes Interessadas: uma das características distintivas do SOCIALCARBON é seu compromisso com o engajamento das partes interessadas. As comunidades locais, grupos indígenas e outros envolvidos são ativamente participantes no processo de desenvolvimento do projeto, garantindo que suas perspectivas e necessidades sejam integradas às iniciativas.


4. Adaptabilidade a Diferentes Setores: o SOCIALCARBON é projetado para ser versátil e aplicável a diversos setores, incluindo florestal, agricultura, energia e muito mais. Essa adaptabilidade permite uma ampla variedade de projetos participarem do padrão, contribuindo para seu crescente sucesso. Além disso, é um standard nativo à realidade desses setores no Brasil, diferente de outros standards renomados, que foram tropicalizados para serem aplicado no país.



SocialCarbon em comparação à Verra e ao Gold Standard


Embora Verra e Gold Standard sejam padrões de carbono renomados, o SOCIALCARBON se destaca por seu foco único em cobenefícios sociais e ambientais. Verra, anteriormente conhecido como Verified Carbon Standard (VCS), enfatiza compensações de carbono quantificáveis e verificáveis, concentrando-se principalmente em reduções de emissões. O Gold Standard, por outro lado, combina rigorosa mitigação de carbono com objetivos de desenvolvimento sustentável, mas não possui o mesmo nível de engajamento das partes interessadas priorizado pelo SOCIALCARBON.


O compromisso do SOCIALCARBON com a avaliação robusta dos projetos, o engajamento das partes interessadas e a promoção de meios de subsistência sustentáveis o torna um padrão de carbono líder que aborda a necessidade urgente de ação climática, ao mesmo tempo em que eleva as comunidades.



Logo standard SOCIALCARBON
Logo oficial do SOCIALCARBON Standard da UK Charitable Organisation Social Carbon Foundation.

Utilizando o SOCIALCARBON nos projetos da Arbaro Carbon


O time de técnico de carbono do Arbaro Carbon – coordernado pelos experientes consultores da GSS Carbono e Bioinovação – elegeu a metodologia SCM0003 para guiar a remoção de gases de efeito estufa e geração de créditos de carbono viabilizados pelo projeto.


Segundo a SOCIALCARBON, a metodologia SCM0003 apresenta um procedimento para mensurar e operacionalizar a remoção anual de gases de efeito estufa da atmosfera por áreas de vegetação nativa localizadas em propriedades privadas brasileiras – nesse contexto e volume, especialmente, propriedades rurais –, conforme a categoria de projetos de Florestação, Reflorestação e Revegetação (ARR).


A metodologia é uma adaptação da metodologia CDM AR-AMS0007 e AR-ACM0003 postuladas pelo Mecanismo do Desenvolvimento Limpo das Nações Unidas (MDL ou UNFCCC CDM).


Para estar apta a receber um projeto seguindo essa metodologia, uma propriedade deve se encaixar em modelo de "formação primária manejada" ou "formação secundária manejada" de vegetação nativa, ambas decorrentes de atividades antrópicas (àquelas relacionadas às atividades humanas) de remoções de GEE. Nestas atividades estão inclusas àquelas de restauração ou regeneração natural assistida pelo homem em propriedade privada regularizada, independente de quaisquer instrumentos legal de obrigatoriedade ou conservação ambiental voluntária.



O que virá pela frente


A evolução do SOCIALCARBON representa um marco no campo dos standards de carbono. Ao harmonizar a mitigação de carbono com cobenefícios sociais e ambientais, o SOCIALCARBON traz uma pioneira abordagem holística para enfrentar as mudanças climáticas. Sua minuciosa avaliação de projetos e ênfase no engajamento das partes interessadas, sem perder o inerente rigor técnico de remoção ou redução de emissões de gases de efeito estufa, o colocando no mesmo patamar de outros renomados standards, como Verra ou Gold Standard.


Por isso, entendemos que a sinergia entre SOCIALCARBON e Arbaro Carbon oferece um caminho promissor para um futuro sustentável. Ao focar nas reservas legais de propriedades rurais do Brasil, o Arbaro Carbon não apenas apoia a compensação de carbono, mas também empodera as comunidades locais, traz um dos mais importantes setores da economia – o agro – para a economia de baixo carbono e protege de forma significativa a biodiversidade brasileira – verdadeiramente o propósito tanto do standard, quanto do Arbaro.



 

Saiba mais


SOCIALCARBON Standard (Site Oficial) – https://www.socialcarbon.org

GSS Carbono e Bioinovação (Site Oficial) – https://www.gss.eco

Treevia Forest Technologies (Site Oficial) – https://www.treevia.com.br





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