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Financiando a conservação de Reservas Legais e APP no Cerrado.

  • Foto do escritor: GSS
    GSS
  • 19 de jun. de 2023
  • 2 min de leitura

por Luiz Henrique Varzinczak, GSS Carbono e Bioinovação.



Entenda alguns dos caminhos para financiar áreas de preservação em propriedades rurais do Cerrado brasileiro.


Árvores do Cerrado Goiano
Área de Preservação Permanente no estado de Goiás, Cerrado Brasileiro.

A manutenção desses remanescentes florestais é extremamente importante para a conservação dos ecossistemas, proteção da biodiversidade, mitigação dos impactos das mudanças climáticas (...) – Science.

A legislação ambiental brasileira possui muitas particularidades, dentre as quais se destaca a obrigatoriedade de os proprietários de imóveis rurais manterem áreas de preservação classificadas como Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente. No caso da Reserva Legal ela pode chegar a 80% da área do imóvel na Amazônia. A manutenção desses remanescentes florestais é extremamente importante para a conservação dos ecossistemas, proteção da biodiversidade, mitigação dos impactos das mudanças climáticas, e desenvolvimento sustentável. Como exemplo podemos citar um estudo recente publicado na Science, periódico científico renomado internacionalmente. O estudo liderado por pesquisadores brasileiros demonstrou que áreas de Reserva Legal são essenciais para a manutenção da biodiversidade no Cerrado brasileiro, uma vez que servem de lar para inúmeras espécies em diferentes níveis de ameaça de extinção. Desta forma, incentivar a proteção dessas áreas se tornou crucial.


Como financiar áreas de preservação no Cerrado.


A floresta em pé tem valor e precisa ser protegida. No entanto, sabemos que apesar de ser obrigatório, manter Reserva Legal e Áreas de Proteção Permanente pode demandar custos para proteção desses sistemas. Por exemplo, no próprio Cerrado, onde há inúmeras espécies sendo protegidas pela conservação de áreas florestadas nas propriedades rurais, é comum a ocorrência de incêndios de causa natural devido à baixa umidade relativa do ar. Monitorar, prevenir e extinguir incêndios é uma tarefa que pode demandar treinamento especializado de brigadas de incêndio, equipamentos de detecção, entre outros fatores, acarretando custos para os produtores rurais que, muitas vezes, não estão economicamente amparados para enfrentar tais desafios.


Felizmente, hoje há alternativas para incentivar práticas sustentáveis voltadas à proteção do meio ambiente em cenários como o exposto acima. Uma delas é a possibilidade de incluir áreas de proteção permanente e reserva legal no mercado voluntário de carbono. Além de evitar a conversão da floresta em pé para novas áreas de cultivo, os créditos de carbono podem financiar o desenvolvimento de estratégias para proteção dessas áreas. Democratizar o acesso ao crédito de carbono torna-se essencial para promovermos cadeias produtivas focadas em sustentabilidade e proteção ambiental, gerando receita para o investimento em ações conservacionistas nas propriedades. Esse é um dos focos da Arbaro Carbon em direção à uma economia sustentável e de baixo carbono.



Referências


Referência Science (em Anthropocene Magazine) – link aqui.



Sobre o Autor


Luiz Henrique Varzinczak é Analista Senior de Soluções Baseadas na Natureza na GSS Carbono e Bioinovação e no time de projeto do Arbaro Carbon.




Conheça o Arbaro Carbon


O Arbaro Carbon é um projeto que busca desenvolver alternativas onde, através de Soluções Baseadas na Natureza e seus projetos socioambientais, áreas de reserva de fazendas se tornem geradora de recursos financeiros, e não um passivo para os produtores.

O projeto é uma realização da GSS Carbono e Bionovação – consultoria de gestão climática e uso sustentável da biodiversidade para empresas globais –, Treevia – startup desenvolvedora de soluções de tecnologias para otimização florestal – e apoio do Land Innovation Fund, fundo de financiamento a sustentabilidade da cadeia da soja.



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